dimanche 10 janvier 2010

Victoria Chaplin e Jean-Baptiste Thiérrée...

Victoria Chaplin Thiérrée e Jean-Baptiste Thiérrée

Se eles fossem apenas os pais do James eles já mereceriam muitos aplausos, mas eles são também os pais da Aurélia e além disso eles são dois IMENSOS artistas....palmas sem fim para essa dupla cuja história de amor é digna de um conto de fadas...


Cirque invisible, ou como cultivar o espírito da infância

Vi o Cirque invisible pela primeira num teatro na Dinamarca, e confesso que desde então ele ficou guardado na minha lista dos espetáculos inclassificáveis, lista a qual pertencem aqueles que normalmente me oferecem uma felicidade simples.

Logo compreendi que Jean-Baptiste Thiérrée e Victoria Chaplin são mestres de uma arte que transita entre o circo e o teatro. Na verdade, eles são os precursores de um movimento que se chama "novo circo francês".

Buscando informações sobre o casal encontrei uma fórmula mais ou menos assim para apresentá-los: "um homem + uma mulher = a um mágico + uma acrobata camaleoa = um coelho gigante + um dragão= uma cafeteira humana + um pelotão ciclista. Victoria Chaplin e Jean-Baptiste Thierrée se metamorfoseiam ao infinito. Nós esfregamos os olhos. Será que eles são dois ou dez? Estamos sonhando? Ele como um mágico palhaço, tirando de suas malas imagens incríveis, ela, mulher camaleoa, fazendo nascer de seus trajes extravagantes, um bestiário fantástico".

Para Odile Quirot, crítica do Nouvel Observateur e uma das minhas preferidas, Victoria e Jean-Baptiste "são apenas dois no palco, dois criadores de mundos. Ele, palhaço, ela dançarina acrobática e graciosa vestida em trajes fabulosos desenhados por ela mesma. Nas mãos dos dois, tudo fica mais leve, tudo se metamorfoseia. Até um coelho branco que Lewis Carroll não recusaria. Se o espírito da infância é um dom, eles o cultivam com alegria".

Segundo Jean-Baptiste em 30 anos eles produziram apenas três espetáculos: o Cirque Bonjour, o Cirque imaginaire por quinze anos e o Cirque Invisible desde 1990. Mas o que ele queria mesmo era ter feito apenas um e continuamente aperfeiçoá-lo, pois para ele "o espetáculo evolui sempre. Há gavetas que eliminamos ou que adicionamos de acordo com o país, dependendo dos humores ... É um trabalho que se relaciona com a alquimia: a busca da pedra filosofal. Mas uma pesquisa que não se leva a sério: não perdemos de vista que antes de tudo isso é um entretenimento".

Talvez resida aí o segredo, eles não se levam a sério. Nada na vida é mais chato do que gente que se leva a sério.

Aucun commentaire: