dimanche 17 janvier 2010

Casa de Bonecas mise en scène Braunschweig

Chloé Réjon e Éric Caruso em Casa de Boneca de Ibsen

Um cenário Tok Stok para a versão de Braunschweig do clássico de Ibsen


Fotos Théâtre National de la Colline

Ontem fui assistir Casa de Bonecas de Ibsen no Théâtre National de la Colline...Há muito não ia ao La Colline, e estava contente por ser a primeira encenação de Stéphane Braunschweig depois que ele assumiu a direção do teatro. Aqui embaixo vocês podem ler um pouco mais sobre a carreira desse grande diretor...quando ele dirigia o Théâtre National de Strasbourg passei a admirá-lo duplamente, enquanto criador e enquanto gestor pois anualmente ele estampava no site do TNS o balanço financeiro da temporada. Algo que deveria ser obrigatório para todos os que recebem dinheiro público. Além do mais ele tem cara de boa gente...e faz parte dessa geração criada e educada dentro do processo de descentralização e democratização cultural na França, a mesma geração que assume o poder nos centros nos quais foram educados...

O espetáculo tem bons atores, o texto envelheceu, graças a Deus as mulheres tem outras preocupações hoje, por vezes me pergunto porque montar esses textos, em Paris daqui a pouco vai estrear a quinta montagem de Casa de Bonecas dessa temporada...talvez para lembrar o quanto evoluímos - ou por vezes involuímos - em pouco mais de um século...

Por acaso encontrei Laetitia...e batemos um bom papo antes e depois do espetáculo comendo um croque monsieur no café ao lado, o mesmo no qual encontrei Alexandre Del Peruggia em julho de 2008 para que ele assinasse a carta de intençãao do Centro de Formação que acabou acontecendo...

Encontrei também duas figuras fortes da França, um grande político e uma grande intelectual, mas passei a nota para a minha amada amiga Anna Ramalho, se não rolar, conto para vocês na terça...

Stéphane Braunschweig integra o rol dos meus diretores preferidos, aqueles que chamo de incontornáveis da nova geração francófona de diretores/encenadores. Parisiense nascido em 1964 com um percurso que passa pela École normale supérieure de Saint-Cloud, sua formação teatral é feita a partir de 1987 na École du Théâtre national de Chaillot dirigida por ninguém menos que Antoine Vitez. Na sequência ela funda sua companhia, Théâtre-Machine. Em 1991, recebe o prêmio de Revelação teatral do Sindicato da Crítuca por uma trilogia intitulada Les Hommes de neige.

Entre 1993 e 1998 dirige o Centro Dramático Nacional de Orléans-Loiret-Centre. Depois é nomeado diretor do Théâtre national de Strasbourg, único teatro nacional francês localizado fora de Paris e único a ter em suas instalações uma Escola de Teatro. Braunschweig dirige o TNS por exatos oito anos.

A partir de 1 de janeiro de 2009, torna-se artista associado ao Théâtre national de la Colline do qual ele é o diretor desde 1 de janeiro último.

Carreira de Stéphane Braunschweig no teatro:
1988 : Woyzeck de Georg Büchner, Festival du Jeune Théâtre d'Alès
1989 : Tambours dans la nuit de Bertold Brecht, Festival du Jeune Théâtre d'Alès
1991 : Les Hommes de neige, trilogie, Théâtre de Gennevilliers :
1991 : Woyzeck de Georg Büchner
1991 : Tambours dans la nuit de Bertold Brecht
1991 : Don Juan revient de guerre d’Ödön von Horvath
1991 : Ajax de Sophocle
1992 : La Cerisaie d'Anton Tchekhov
1993 : Docteur Faustus de Thomas Mann
1993 : Le Conte d'hiver de William Shakespeare
1994 : Amphitryon d'Heinrich Von Kleist, Festival d'Avignon, Théâtre de l'Athénée-Louis-Jouvet
1995 : Paradis verrouillé d'après Sur le théâtre de marionnettes et Fragments de Penthésilée d'Heinrich Von Kleist, Théâtre de l'Athénée-Louis-Jouvet
1995 : Franziska de Frank Wedekind
1996 : Peer Gynt d'Henrik Ibsen, Festival d'Automne à Paris Théâtre de Gennevilliers
1997 : Measure for measure de William Shakespeare, Festival d'Edimbourg
1997 : Dans la jungle des villes de Bertolt Brecht, Théâtre national de la Colline, Théâtre de l'Athénée-Louis-Jouvet
1999 : Le Marchand de Venise de William Shakespeare, Théâtre des Bouffes du Nord
1999 : Il mercante di Venezia de William Shakespeare, Piccolo Teatro
1999 : Woyzeck de Georg Büchner, Bayerisches Staatsschauspiel Munich
Théâtre national de Strasbourg
2000 : Woyzeck de Georg Büchner
2001 : Prométhée enchaîné d'Eschyle
2001 : L'Exaltation du labyrinthe d'Olivier Py
2001 : La Mouette d'Anton Tchekhov
2002 : La Famille Schroffenstein d'Heinrich von Kleist
2003 : Les Revenants d'Henrik Ibsen
2004 : Le Misanthrope de Molière
2005 : Brand d'Henrik Ibsen
2006 : Vêtir ceux qui sont nus de Luigi Pirandello
2006 : L'enfant rêve d'Hanokh Levin
2007 : Les Trois Sœurs d'Anton Tchekhov
2008 : Tartuffe de Molière
Théâtre national de la Colline
2009 : Rosmersholm d'Henrik Ibsen
2009 : Une maison de poupée d'Henrik Ibsen

Óperas dirigidas por Stéphane Braunschweig

1992 : Le Chevalier imaginaire de Philippe Fénelon, Théâtre du Châtelet
1993 : Le Château de Barbe-Bleue de Béla Bartók
1995 : Fidelio de Beethoven, Staatsoper de Berlin, Théâtre du Châtelet, Jérusalem, Fenice Venise
1996 : Jenufa de Leos Janácek, Théâtre du Châtelet en 2003
1995 : La Rosa de Ariadna de Gualtiero Dazzi, Festival Musica Strasbourg, Orléans, Lille, Berlin, Anvers
1999 : Rigoletto de Giuseppe Verdi, Opéra de la Monnaie de Bruxelles, Opéra de Lausanne en mars 2000, Venise en 2001
1999 : La Flûte enchantée de Mozart, Festival d’Aix-en-Provence, Lausanne, Padoue, Venise, Bobigny et Rouen saison 1999-2000, Opéra de Lyon et Festival d’Aix-en-Provence en 2001, Opéra de Lyon en 2004
2000 : L’Affaire Makropoulos de Leos Janácek, Festival d’Aix-en-Provence, Opéra de la Monnaie de Bruxelles
2002 : Elektra de Richard Strauss, Opéra du Rhin, Opéra de la Monnaie de Bruxelles, opéra de Rouen en mars 2005
2003 : Wozzeck d'Alban Berg, Festival d’Aix-en-Provence, Opéra de Lyon en octobre 2003, Agora de Lisbonne en janvier 2007
2006 : Le Ring de Richard Wagner, Festival d’Aix-en-Provence de 2006 à 2009
2006 : L'Or du Rhin
2007 : La Walkyrie
2008 : Siegfried
2009 : Le Crépuscule des dieux
2007 : Jenufa de Leos Janácek, Scala de Milan
2010 : Pelléas et Mélisande de Maurice Maeterlinck, Théâtre national de l'Opéra-Comique

Prêmios recebidos por S. Braunschweig

1991 : Prix de la révélation théâtrale de l'année du Syndicat de la critique pour Les Hommes de neige
2005 : Prix Georges-Lerminier du Syndicat de la critique pour Brand
2009 : Prix Georges-Lerminier du Syndicat de la critique pour Tartuffe

Aucun commentaire: