mardi 24 janvier 2017

E assim se passaram 10 anos!

Docteur sob os olhares de Edla, Catita e Joëlle

Banu, Wallon, Abirached, Ryngaert, euzinha e Sábato Magaldi

O dia de amanhã será um dia muito especial para mim. Há exatos dez anos, no dia 25 de janeiro de 2007 eu completava a etapa final da maior reviravolta da minha vida profisisonal – até então. Uma reviravolta que começou com minha saída do Rio de Janeiro após 21 anos ali instalada. Foi no Rio que fiz minha graduação, foi no Rio que me construí profissionalmente. E quando havia chegado ao topo, fui ao fundo do poço para descobrir o quanto estava infeliz e o quanto não queria chegar aos 50 passando o chapéu de porta em porta para poder produzir teatro no Brasil. Mesmo sendo, como era na época, produtora de Bibi Ferreira, apenas a maior atriz do Brasil.

Quis o destino – ou eu assim o programei – que estivesse em Paris para comemorar essa conquista, a maior de minha vida profissional porque construída de ponta a ponta por mim, obtida por méritos próprios e sem conchavos que é só olhar os nomes dos professores que compuseram a minha banca de Doutorado para ver que ali ninguém brinca em serviço. O meu título eu não comprei, nem ganhei. Eu conquistei. Escrevendo em francês uma tese de 847 páginas em dois volumes, pesando 4,5kg. Nos dias de hoje, em que a meritocracia perde espaço para conchavos e cotas, isso é digno de registro. E de orgulho. Estufo o peito e encho a boca quando digo: sou Doutora pela Sorbonne. Uma universidade que data de 1257 quando o Brasil data de 1500. E meu diploma foi reconhecido e validado pela Universidade de São Paulo, que não é pouca coisa também não, a mais importante universidade do Brasil.

Salle Bourjac en Sorbonne le júry au grand complet

O que nunca ninguém se interessa em saber é o preço que paguei para ser Doutora em Estudos Teatrais pela Sorbonne! Coisas como deixar para trás 17 anos de trabalho com Bibi Ferreira, como a necessidade de aprender francês aos 37 anos, deixar meu filho e toda a minha família no Brasil por cinco anos e meio. Fazer escolhas que não permitiram ir a formatura do meu único filho quando ele recebeu seu diploma de Bacharel em Direito pelo Mackenzie e nem ao enterro de minha mãe. Além disso, precisei aprender a viver com 1.100 euros por mês numa cidade como Paris e mais, aprendi a cozinhar, a lavar e a passar, eu que cheguei aqui sem saber fazer arroz...e quando acabou o período de bolsa da CAPES passei onze meses sendo babá de uma pequena Héloïse, eu que sai do Brasil produtora de Bibi Ferreira, Mestre em Artes pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo e já de posse de um Mestrado em Artes do Espetáculo pela Sorbonne Nouvelle fui ser babá para completar meus estudos doutorais. E a burguesa sou eu.

Marie-Aude em primeiro plano, não me conformo com a partida dela

Mas estar na “Salle Bourjac en Sorbonne” no dia 25 de janeiro de 2007 às 14h valeu cada minuto vivido para conseguir chegar ali, sozinha. Minha companheira estava comigo, como tem estado nesses quase 20 anos. Mas não tinha minha mãe que não viveu para ver essa aventura; nem meu pai, que temeu o frio parisiense em Cacique Timbé que é e fez forfait; nem meu filho; nem meus irmãos. Os amigos em compensação lotaram a Salle Bourjac, colegas de mestrado, de doutorado, ex-professores, amigos novos e antigos. Três presenças marcantes: Edla Van Steen, esposa de Sábato Magaldi membro da banca mas minha muito querida amiga; Joëlle Mnouchkine, irmã caçula de Ariane Mnouchkine que me honrou com sua presença e Naruna Andrade un rayon mensageiro do Théâtre du Soleil que nesse dia, uma quinta-feira estava em cena com Les Éphèmères.

Irène, Joëlle e eu

Joëlle Mnouchkine, Irène e eu corujando a obra

Sábato, Edla, Ana e Luiz Henrique, os brasileiros marcam presença

Lembro-me que na véspera da defesa, no dia 24 de janeiro de 2007, passei o dia em casa fazendo brigadeiros, beijinhos de côco e brigadeiro de queijo parmesão, para o “pot de thèse”, que seria no salão do Central Hôtel de Saint Germain, a dois passos da Grande Sorbonne. Uma maneira de manter a calma. Os salgadinhos havíamos encomendados na Grande Épicerie de Paris, compramos uns sanduíches no Picard, os pães de queijo – quentinhos e deliciosos – foram obra de Françoise Recco e o champagne – em boa produtora – foi comprado garrafa por garrafa ao longo de 18 meses. E ainda comprei duas Magnum daquelas de Fórmula 1 que queria abrir no Théâtre du Soleil. Antes de tudo, eu sou produtora. Detalhe: desde setembro de 2005 eu não tinha mais bolsa. Lembram que eu disse uns parágrafos acima que era babá?

O júri reunido e nos esperamos da Cour d'Honneur

No salão do Central o meu pot de thèse

Catita, Virgínia, Françoise e Martine

Luíz Henrique e Cristina que surpresa boa

Naruna, Joëlle, Béatrice ao fundo e eu

Anaïs e Marie-Aude, saudades

Euzinha, Ana, Cristina e Luiz Henrique

O carinho de Joëlle e ao fundo os beijinhos

Lendo o cartão que me ofereceram meus colegas de turma

Discutindo com Emmanuel Wallon

Com Martine que fez a revisão final do francês

Jean-Pierre Rynagert e Joëlle Mnouchkine

Anaïs Bonnier, eu e Marie-Aude Hemmerlé as thésardes de JPR

Pois é, passei parte do dia de hoje fazendo brigadeiros, porque decidi que passarei o dia 25 de janeiro de 2017 no Théâtre du Soleil, como em 2007 quero estar lá com eles, ainda que muitos dos que estavam conosco há dez anos tenham partido. Eu preciso estar lá amanhã. É com eles que eu quero festejar. Foi por amor a eles antes de tudo que eu consegui chegar ao final da minha tese, minha tese é uma declaração de amor ao teatro, mas antes de tudo ao Théâtre du Soleil ou ao teatro que Mnouchkine faz no Théâtre du Soleil. Vou chegar na hora do goûter com meus brigadeiros e com o afeto acumulado nesses 17 anos de convivência com eles que me abriram as portas um dia. E quando eu cheguei eles não sabiam nada de mim, apenas Juliana Carneiro da Cunha – um anjo que recebe os brasileiros que batem nas portas da Cartoucherie – sabia, pois lera meu currículo, que eu tinha uma trajetória digna de pedir o abrigo moral que estava pedindo: permissão para consultar os arquivos do Thèâtre du Soleil que naquele tempo estava todo lá na Cartouche...hoje está na Bibliothèque Nationale de France. Eu não tinha nada a oferecer. Eu não vinha enviada por nenhuma grande empresa, nem era funcionária de ministério algum, não tinha crachá ou credencial, apenas a vontade de pesquisar o modelo de produção do Théâtre du Soleil.

Emoção total. minha Diva passa os olhos na tese e gosta

Marie-Héléne, Sylvie, Lili, Elaine descobrindo a tese

Fanta, Elaine, Lili, Jeremy, Francis, a tese e os pães de queijo

Lili, Jerem, Francis e a tese

Euzinha, Jean-Jacques e Sylvie entre champagne e brigadeiros

Sylvie e Marie-Hélène bem compenetradas na tese

Euzinha e Shasha, amanhã vou repetir essa foto

Jean-Jacques e Ariane entre vinho e champagne

Ao longo desses dez anos a vida me deu muitas coisas. Vejamos:

– Duas idas do Théâtre du Soleil ao Brasil, em 2007 – meses após a minha defesa – com Les Éphémères, um gol de placa do Luciano Alabarse e da Graciela Casabé, unindo o Porto Alegre Em Cena e o Festival Internacional de Teatro e Dança de Buenos Aires na concretização desse sonho, com o SESC São Paulo entrando em campo aos 45” do segundo tempo. Em 2011 com Les Naufragés du Fol Espoir, dessa vez com o SESC São Paulo à frente, mas também o Festival Santiago a Mil e Carmen Romero e Maria Júlia Pinheiro que encarou o desafio de levar o Soleil ao Rio de Janeiro;

– Um Pós-Doutorado com um projeto lindo intitulado Produção teatral: da prática a teoria, a sistematização de uma disciplina, sob a supervisão de Sílvia Fernandes no Departamento de Artes Cênicas da Escola de Comunicações e Artes da USP e com três meses de estágio pós-doutoral na Université de Paris Ouest Nanterre La Défense com o auxílio luxuoso de Emmanuel Wallon; isso tudo com uma BOLSA da FAPESP – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo;

– Um cargo de Professor Adjunto da Escola de Teatro da Universidade Federal da Bahia, onde entrei CONCURSADA com posse em 29 de junho de 2011;

– Uma vaga de Professora Permanente do Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas da Universidade Federal da Bahia onde realizei dois grandes eventos internacionais: No Reino dos Festivais, em outubro de 2011 e o 1º Seminário Internacional de Formação e Capacitação em Cultura em maio de 2012. Onde orientei sete alunos de Mestrado dos quais seis já são MESTRES e estão no mercado de trabalho na área de produção;

– Uma viagem a Cluj Napoca, capital da Transilvânia na Romênia, como representante do Brasil nas comemorações dos 70 anos do Professor Emérito da Sorbonne Georges Banu, onde fiz uma palestra sobre o Modelo de Produção do Teatro Brasileiro na aurora do século XXI com ênfase no teatro bahiano;

–  Um Colóquio Internacional em Paris em parceria com Paris Ouest Nanterre La Défense e a universidade de Waseda no Japão, no Théâtre des Abesses, leia-se Théâtre de la Ville, sob a batuta de Emmanuel Wallon que foi meu professor no mestrado, membro e presidente do meu júri de mestrado e membro e relator do meu júri de doutorado, presente há 16 anos na minha trajetória acadêmica, luxo total por ser um dos maiores nomes na área de atuação em que transito;

– Uma Coordenação de Colegiado de Curso com a XXVIII edição do Curso Livre de Teatro da UFBA, parceria com Marcio Meirelles meu encenador e meu irmão nas terras do Bonfim, que me deu muita dor de cabeça mas rendeu um Troilus e Créssida lindo apesar de todos os pesares;

– Uma Chefia do Departamento de Técnicas do Espetáculo que assumi com garra, disposição e muita vontade de acertar porque fortalecer o departamento é fortalecer os professores, alma de toda e qualquer escola;

– Um Estágio Sênior – ou um segundo pós-doutorado metido a besta – a ser vivido de 1 de janeiro a 31 de dezembro desse 2017, mais uma vez escolhi Paris, dessa vez não a Sorbonne mas Nanterre, com a supervisão de Emmanuel Wallon para desenvolver um projeto intitulado  A extensão universitária como meio de formação e qualificação dos técnicos em espetáculos teatrais. Mais uma vez deixo clara a minha maior preocupação: o destino desses jovens desempregados que despejamos anualmente num mercado de trabalho incapaz de abrigá-los.

Assim se passaram dez anos. Nada foi fácil. Muita puxada de tapete. Muita falsidade. Muita traição. Muita torcida contra. Muita rádio corredor. Muita contrapropaganda. Mas cá estou. Linda, loura, japonesa, alta, despachada e em Paris. E sem bolsa. Porque ela não é louca. Ou esqueceram que ela é produtora?

No dia 11 de abril de 2016 – confiram o calendário de 2016 no Brasil – comprei uma passagem Salvador x Paris x Salvador, parcelada em quatro vezes no cartão. No dia 5 de julho de 2016, com o adiantamento do 13º salário paguei 12 meses de seguro saúde em Paris, com o restante do 13º banquei mudança e o escambau para um guarda-móveis em Salvador, e no dia 5 de dezembro de 2016 entrei no avião da Gol para o Rio de Janeiro para quatro horas e meia depois embarcar num vôo da Air France com destino a Paris. Isso tudo com o meu rico dinheirinho e o aval da Pró-Reitoria de Pós-Graduação da Universidade Federal da Bahia, no âmbito do PROQUAD – Programa de Qualificação dos Docentes consentiu minha vinda publicada no Diário Oficial da União em 11 de outubro de 2016.

O que poderia coroar minha temporada aqui seria a conquista de uma bolsa de Estágio Sênior da CAPES, merecida com certeza em função da qualidade do projeto apresentado, um projeto pautado em formação e qualificação, baseado na possível sustentabilidade dos egressos da Escola de Teatro. Mas quem se preocupa com isso? Só eu. Recebi há exatamente uma semana uma mensagem informando: Indeferimento por alta demanda. Que bom que tem gente mais preocupada com o futuro da garotada que eu. E que bom que Papai do Céu me deu inteligência e juízo para não contar com o ovo no ... da galinha!

Uma única coisa eu ainda não consegui: publicar a minha tese no Brasil. Escrita em francês ela exige uma tradução, que as editoras interessadas se recusam a pagar, e eu me recuso a traduzir. Uma hora dessas faço um crowndfunding para bancar essa tradução e ela sairá. De qualquer maneira uma coisa ninguém me tira, a minha tese foi, é e sempre será a primeira tese de uma brasileira, escrita e defendida na Sorbonne sobre o modelo de produção do Théâtre du Soleil.


Dois volumes, frente e verso...4,5kg e 847 páginas


O Cacique conheceu a Sorbonne no verão de 2005

Não posso deixar de agradecer ao Cacique Timbé pelo apoio, afinal ele bancou todos os meus estudos em colégios particulares para que eu tivesse o capital que me permitisse chegar onde cheguei; a minha irmã Patrícia e ao meu cunhado Cássio que bancaram o filhote para a mãe poder viver com 1.100 euros por mês na França; ao meu filho Pedro que entendeu desde cedo que sua mãe não era uma qualquer e teve que aprender a viver com esse héritage e a minha santíssima trindade: minha mãe, que não viveu para ver o final desse aventura que a cobriria de orgulho; minha companheira que é meu raio de sol particular e Ariane Mnouchkine feiticeira dos meus mais belos sonhos de teatro que me abriu as portas do Soleil, pois como bem disse meu diretor de tese Jean-Pierre Ryngaert – um super merci JPR – é mais fácil entrar numa universidade na França do que no Théâtre du Soleil.

mardi 17 janvier 2017

Os 395 anos de Molière

Já na chegada o encontro com Molière
Foto: Irène Kirsch

Domingo foi dia de festejar Molière e eu levei a sério a brincadeira. Participei de um concurso no twitter da Comédie-Française, acompanhei o concurso de desenhos e mais importante fui para o Français assistir Le Misanthrope e depois a cerimônia de homenagem ao meu autor preferido no dia dos seus 395 anos de nascimento.
Na página da Comédie-Française no Facebook estava escrito: a homenagem a Molière feita pela trupe data de 1773 – centenário da morte do autor – e era conhecida como “a apoteose de Molière”. Entretanto, acontecia no dia 17 de fevereiro, data de sua morte. A descoberta, em 1821 da certidão de batismo de Jean-Baptiste Poquelin, fez do dia 15 de janeiro o Dia de Molière na Comédie-Française.
A celebração do nascimento do “patrão/patrono” acontece anualmente, em presença de todos os atores da trupe reunidos em volta do busto de Molière. Aliás, no Foyer Pierre Dux, há uma enorme lareira com um espelho ainda maior e um belíssimo busto de Molière, e logo abaixo uma faixa de mármore na qual está gravada em baixo-relevo esta tradição.
Para mim especialmente, ontem vi pela quarta vez essa homenagem, o mais importante de tudo é a possibilidade de ver no palco da Salle Richelieu a trupe inteira, o que não acontece com frequência. Cada um dos membros escolhe um figurino e uma frase de uma peça de Molière e um a um eles se apresentam. Link para o vídeo da cerimônia de 15 de janeiro de 2016.
A noite de ontem foi ainda mais especial, foram apresentados os novos pensionários: Dominique Blanc e Julien Frison. Os pensionários entram na Comédie-Française contratados pelo Administrador Geral, para que possam tornar-se societários devem ter pelo menos um ano a serviço da Maison de Molière.
Ontem também foi dia de apresentarem os dois novos societários: Jérémy Lopes e Georgia Scalliet – brilhante atriz que tive a oportunidade de ver em cena semana passada em Le temps et la chambre de Botho Strauss, dirigida por Alain Françon no La Colline e ontem vivendo Célimène em Le Misanthrope dirigida por Clément Hervieu-Léger.
Os societários são membros da trupe da Comédie-Française que pertencem a Société des Comédiens-Français, escolhidos entre os pensionários contratados há pelo menos um ano pelo Administrador Geral.
Mas se há os que chegam há os que partem, e ontem Gérard Giroudon, 42 anos a serviço do repertório e do público da Comédie-Française “a tiré sa révérence” ou se despede do cargo de societário para dar oportunidade aos mais novos, uma vez que o estatuto da Comédie-Française não permite mais do que 40 societários, é preciso para permitir a entrada dos novos que partam os mais velhos, e como o mais antigo dos antigos – le Doyen não é mais velho pela idade, mas pelo tempo que tem de casa – Gérard Giroudon que era o patriarca desde 2013 foi gentilmente convidado a deixar seu lugar para os jovens. Desde 1º de janeiro de 2017, Claude Mathieu é Madame le Doyen da Maison de Molière e Gérard Giroudon passa a ser Societário Honorário, qualquer societário com 20 anos de casa pode ser nomeado Societário Honorário, a nomeação funciona como um símbolo do reconhecimento da Comédie-Française pela carreira artística do nomeado e permite que o mesmo possa, eventualmente, integrar o elenco das produções do Français.
Detalhe: todas essas decisões são tomadas na Assembléia Geral da Société des Comédiens-Français, a última aconteceu no dia 23 de dezembro de 2016.
Na noite de domingo diversas vezes me emocionei às lágrimas, os mais diversos sentimentos tomavam conta de mim. A alegria de poder estar ali, na terceira fila, no centro, a dois passos de tudo o que acontecia. A emoção de ver um teatro que desde 1680 passou pela monarquia, pela revolução, pelo império, pela primeira e pela segunda guerra mundial, pela primeira, pela segunda, pela terceira, pela quarta e pela quinta República e continuar ali, firme e forte, símbolo maior dos áureos tempos do rayonnement francês. A gratidão por poder presenciar um momento em que passado, presente e futuro se dão as mãos, quantas histórias ali vividas, quantas ainda por viver? E a tristeza de vir de um país onde isso não existe. Não há respeito pelos que fazem teatro. Os que fazem teatro não se dão ao respeito. Não há tradição, bem dizia Bibi que no Brasil só há uma tradição, acabar om todas as tradições. E quando não sabemos de onde viemos não saberemos jamais para onde queremos ir. A tristeza em saber que por mais que eu explique muitos não vão conseguir entender o que significa festejar os 395 anos de vida de Molière chez lui, na Comédie-Française. Dommage! Ou tant pis?
Joyeux anniversaire Molière, merci et à l’un de ces jours!

FOTOS 
Entrei e lá estava Molière de novo
Foto: Irène Kirsch
Réplica da poltrona do Doente Imaginário
Foto: Deolinda Vilhena

Busto de Molière no Foyer Pierre Dux 
Foto: Deolinda Vilhena

Depois da réplica a original
Foto: Deolinda Vilhena

Salle Richelieu 
Foto: Deolinda Vilhena

Na maior expectativa
Foto: Deolinda Vilhena


A beleza da Salle Richelieu
Foto: Irène Kirsch

Cenário de Éric Ruf para O Misantropo
Foto: Deolinda Vilhena

Final do espetáculo 
Foto: Deolinda Vilhena

Aniversariante em cena a festa vai começar
Foto: Deolinda Vilhena

As meninas estão em festa
Foto: Deolinda Vilhena

Uns contracenam com Molière
Foto: Deolinda Vilhena

Os atores dizem suas falas
Foto: Deolinda Vilhena

Denis Podalydès e Florence Viala
Foto: Deolinda Vilhena

Éric Génovèse ao centro
Foto: Deolinda Vilhena


Julien Frison e Dominique Blanc, novos pensionários
Foto: Deolinda Vilhena


Georgia Scalliet nova Societária com Gérard Giroudon que parte
Foto: Deolinda Vilhena



Ovação para Gérard Giroudon, 42 anos de Comédie-Française

Foto: Deolinda Vilhena

Em primeiro plano Claude Mathieu, Madame le Doyen 
Foto: Deolinda Vilhena

 Final de festa
Foto: Deolinda Vilhena


Posando mais uma vez ao lado dele
Foto: Irène Kirsch

Essas três últimas fotos foram roubadas...a Salle Richelieu estava vazia e a trupe no palco se preparava para a foto oficial. Eu muito discretamente, como num beijo roubado, roubei essas três fotos, por amor a essa trupe e por amor a Molière.

 Foto: Deolinda Vilhena
 Foto: Deolinda Vilhena

Foto: Deolinda Vilhena