jeudi 15 novembre 2007

Quem avisa amigo é: no exterior mantenha distância de brasileiros!






Exceto aqueles que são obrigados a sair do seu país de origem por conta de guerras, ditaduras, crises infinitas, todos os outros deixam o seu país por opção, logo, são donos do seu destino...Sou discípula da máxima “em Roma como os romanos”. Por isso, ao se mudar para um país aprenda a viver como um nativo. Até porque se você escolheu um determinado país, uma determinada cidade é porque de uma maneira ou de outra, por um motivo ou por outro ela te atrai...O que mais abominava em Paris eram os guetos de brasileiros que se formavam...Favela Chic, Maison du Brésil, associações disso e daquilo, “neguinho” estudava de graça, graças ao imposto pago pelos franceses; usufruia da Sécurité sociale, descolava mil “aides sociales” e passava o tempo todo alimentando preconceitos cretinos, tecendo comparações, quando é impossível comparar o incomparável, lembre-se a França fez sua Revolução em 1789, em pleno século XXI não fizemos a nossa, por isso aprendi cedo: livre-se dos brasileiros, nada de compatriotas, até porque as pessoas que cruzam o teu caminho normalmente são tão diferentes de você, que, dificilmente vocês se encontrariam no Brasil e jamais seriam amigos, ora, além do mais eu nunc peço passaporte aos meus amigos...todos são bem-vindos!
Conheço diversos brasileiros que moram em Paris desde sempre e sequer falam francês porque andam apenas com brasileiros, que não conhecem vinho porque insistem em tomar caipirinha, que não aprenderam a apreciar a comida francesa porque insistem em comer feijão com arroz, alguém pode me dizer porque sairam do Brasil???

Em compensação recomendo com força que aproveite (e muito!) as visitas da família e dos amigos, mas tome cuidado porque morar em Paris é um risco, principalmente se você tem uma tese a escrever, pois se você vacilar a casa viverá sempre cheia...tenho uma amiga que recebeu quase 60 pessoas ao longo do primeiro ano dela em Paris...a cada vez que recebia meus amigos, mesmo aqueles que eu não hospedava, fazia questão de recebê-los na Wawa, meu “château” primeiro, Versailles é apenas minha residência secundária...mostrar Paris aos amigos era um prazer sem fim, quanto mais eu descobria e mais eu conhecia dessa cidade mais prazer eu tinha em dividir com meus amigos! Nas fotos alguns deles. Na primeira Alexei, que agora está fazendo de conta que mora em Paris, recebido com champagne DEUTZ 1995 e um belo plateau de fromages comprados na crémerie do quartier...Na outra dois amigos mais do que amados, Antônio Araújo, o Tó, um dos maiores diretores de teatro do Brasil, diretor do Vertigem, e José Eduardo Vendramini, meu ex-professor na ECA/USP, dramaturgo e um grande amigo, no Parvis de Notre Dame, marco zero da França, no verão de 2005...e com os dois mais o Eduardo, na porta do Hôtel de Ville – sede da prefeitura de Paris...
Sábato Magaldi, sua mulher Edla Van Steen e a neta dela, Bianca, estiveram diversas vezes em Paris nesses meus anos loucos de tão bons, nas fotos estou com Sábato e Ryngaert, meu orientador, num restaurante da rue Dragon, acho que é um coreano, que o Sábato e a Edla adoram, e na outra estão Sábato, Edla e Bianca, no foyer da Comédie-Française, levei-os para ver Les Fables de La Fontaine, mise en scène de Robert Wilson...

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