mardi 20 novembre 2007

Le loir dans la théière...






Paris é a capital gastronômica do mundo, os melhores restaurantes, a melhor comida, os melhores temperos, tudo em Paris é mais gostoso...mesmo Chez Picard, o rei dos congelados, a gente consegue comer corretamente...
O bom é que a gente pode de vez em quando comer chez Gérard Depardieu e Carole Bouquet, no La Fontaine Gaillon, très chic e nem por isso impossível de se faire un cadeau, cerca de 100/150 euros por pessoa com um dos vinhos fabricados por Gérard e Carole, que não estão mais juntos mas nem por isso deixaram a sociedade comercial...Passei uma noite de Natal no La Fontaine Gaillon, inesquecível, o ambiente, os garçons atenciosos mas sem exagero, as pessoas educadas, nada de gritaria, gente falando para ser ouvido pelo vizinho, enfim, ambiente perfeito para comer uma boa comida, beber um bom vinho e ainda ter o prazer de escutar um “joyeux noël” de ninguém menos que “le patron de la maison”, ele, meu Deus, Gérard Depardieu...Como não se pode gastar 100/150 euros por dia para comer, quando se tem uma bolsa de 1.100 euros isso é uma folia, o bom é ter amigos parisienses de boa cepa, descoladíssimos que podem indicar lugares onde por cerca de 30 euros a gente pode comer bem, estar num lugar delicioso, esbarrar em gente da moda, e descobrir Le Loir dans la Théière (3, Rue des Rosiers / 75004 Metrô Saint Paulo), um prazer para as papilas gustativas e para os olhos...
Inicialmente, Le loir é uma Casa de Chá, mas aos domingos tem um brunch simpático, mas não dos melhores, durante a semana você pode almoçar. A especialidade são as tortas salgadas, não as quiches, mas as tortas, com saladas de babar de tão deliciosas...mas o depois é que é um problema, as tortas doces, famosas na cidade inteira e que só perdem para as tortas dos “grands patissiers”, afinal a melhor patisserie do mundo é a francesa, ainda existem uns incautos que preferem a austríaca...mas gosto é gosto tem gente que chama a água de cheiro do Boticário de perfume...beurk!!!
Se você quer experimentar as melhores tortas que um brasileiro já comeu na vida, porque a gente é ruim de doce paca..., tente os que têm por lá: charlotte aux marrons, tarte tatin, tarte poire-amandes, gâteau poires-raisins-fromage blanc, crumble aux pommes et beurre salé, tarte pommes-framboises, tarte banane-chocolat, gâteau à la carotte et épices, gâteau pommes-noix-cannelle, tarte chibouste, poires caramélisées et crème meringuée, fondant au chocolat et crème fouettée avec confiture de lait non sucrée, tarte au citron meringuée...miam miam miam…o melhor horário para aproveitar do ambiente do Loir é na hora do “goûter”, a merenda da tarde, sentada numa daquelas poltronas imensas, com aquelas mesas baixas, garçons atenciosos sem muito nhem nhem nhem, gentis na exata medida e a decoração que é dez...dizem as más línguas que o ambiente no Loir é totalmente “bobo” (leia com o sotque francês, acentuando o “o” final), o que em francês é a abreviação de BOurgeois BOhème. Pode até ser, afinal de contas que eu sou uma burguesinha não é novidade, e que a boêmia sempre me fascinou não e outra, então...talve por isso o Loir seja a minha cara...
Virei freguesa, tenho uma amiga que o frequenta há 25 anos, desde que eles estão por lá...mas já fui lá com a Fernanda Veríssimo, com a Iesa e o Macksen, com a Edla e o Sábato, com o André, com a Chris, com o Vendra, o Tó e o Eduardo...enfim, é meu ponto de encontro em Paris...Fica no Marais, no “quartier juif”. O Marais está dividido entre os gays e os judeus, isso é o verdadeiro Marais, porque andando mais um pouco chega-se, por exemplo, ao metrô Arts et Métiers, que muitos insistem em chamar de Marais, mas que é Marais só para tirar mais dinheiro de brasileiro...em Paris, um lado da calçada pode ser bem mais caro que o outro...

Nada de caro, até fevereiro os preços eram mais ou menos esses : chocolat chaud (4,50 €), chás (4 €) ou, a fórmula chá + uma torta doce por 9 € (à partir de 15 h). Aberto todos os dias de 11 h 30 à 19 h / sábado e domingo abre às 10h.

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